Meus caros amigos, existem crentes que são muito chatos, não é?
Alguém pode perguntar: quem são eles? Eu respondo: são aqueles que encontram pecado em tudo, espiritualizam qualquer acontecimento do cotidiano, querem colocar contexto bíblico para conversas informais, colocam músicas go$pel no celular e quando estão dentro do ônibus e/ou no carro aumentam volume no máximo de forma que obrigam todos a escutarem. Esse povo é um saco. Eu posso falar com propriedade, porque já fui um crente desse tipo.
Eu não entendo como pode existir tanto pecado em nosso dia a dia como é falado por essa facção de crentes. Eles veem uma marca de maionese cujo nome que começa com hell (inferno em inglês) e demonizam uma das melhores produtos deste segmento somente porque o criador desta marca, o alemão Richard Hellman, quis colocar seu sobrenome no produto. Esse é um pequeno exemplo da ignorância que permeia no discurso desses crentes.
Nunca se viu um nível tão baixo de qualidade em nossas músicas como temos convivido nos dias de hoje. Contudo, existem pessoas que amam essas músicas de tal maneira que não ficam contentes em escutá-las em um volume baixo, elas tem que elevar o volume até o máximo, para que todos saibam o quanto ela gosta destas porcarias que se chama de músicas. Desta mesma forma, alguns crentes têm seguido o exemplo dos funkeiros, que colocam o som no “talo” para todo mundo ouvir. Isso é inaceitável, porque é mais que certo que a maioria das pessoas não favoráveis a ouvir a música go$pel. Em virtude disso, escute sua canção em um volume mais baixo, considerando que quem estiver perto de você não terá seu bom ou mau gosto.
Como é desagradável quando você está no meio de uma conversa sobre um assunto trivial e um sujeito começa a direcioná-la para um contexto bíblico sem nenhum objetivo a não ser mostrar que conhece um pouco mais da Bíblia. Não sou contra conversar sobre o Evangelho, todavia, existe o momento correto para este fim e não em um bate papo qualquer entre amigos.
Eu já fui um crente bem chato, metido a santarrão, achava pecado em tudo e queria a todo tempo ficar falando de igreja, além de ser fluente naquele “evangeliquês” congregacional. Eu era um fruto do sistema evangélico, o qual torna o fiel preso a uma série de regras baseadas em interpretações equivocadas da Bíblia e experiências transcendentais. Além do fato de ser incentivado a cantarolar os sucessos da música go$pel.
A maneira pela qual fui liberto desse sistema foi seguindo uma receita bem simples: ser crítico e pensar sobre as minhas atitudes. A mudança que eu precisava veio a mim a partir do momento que comecei a refletir um pouco mais sobre minhas atitudes e como o meu próximo poderia interpretar as mesmas.
Não que eu tenha me tornado o cara mais descolado do planeta, mas não pratico mais aquelas frescuragens de crente. Talvez tenha o desconto porque era muito novo para entender as verdades bíblicas. Mas o que mais me preocupa são as pessoas que já frequentam a um bom tempo a igreja e não largam dessa chatice. Confesso a vocês: é chato ser chato.
Penso que todo cristão deveria ter a atitude segundo a seguinte frase que ouvi uma vez: “Não tenho medo de mudar porque não tenho medo de pensar, pois quando eu penso eu mudo”.
Abraços a todos e fiquem na Paz de Cristo.
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