O Ministério Público suspeita que a cantora gospel Ana Paula Valadão tenha usado dinheiro da prefeitura de Natal (RN) e do governo do Estado do Rio Grande do Norte para gravar um DVD ao vivo.
A prefeitura pagou à cantora R$ 250 mil para uma apresentação da banda que ocorreu no dia 16 de julho em uma praia da cidade, mas o que teria havido na verdade foi uma gravação de DVD ao vivo do Diante do Trono, aproveitando a presença do público, estimado em 60 mil pessoas. Do governo do Estado, evangélica obteve R$ 40 mil, o que dá o total de R$ 290 mil. Não está claro quem pagou os custos da gravação do DVD.
De acordo com o Diário Oficial do Município, a cantora firmou um convênio com a Fundação Osásis, que é subsidiada pelo município de Natal, para “proporcionar a divulgação turística da cidade de Natal” (gargalhadas deste editor) por intermédio da apresentação da banda. O convênio não previa nenhuma gravação de DVD.
Valadão deu entrevista negando que os custos de gravação e produção do DVD tenham sido viabilizados com a verba do patrocínio da prefeitura de Natal. Mas admitiu o “apoio logístico”. "O apoio da Prefeitura e do Governo é com a estrutura de segurança, banheiros, trânsito. Enfrentamos dificuldades em outras cidades. Aqui, não", disse.
Ana Paula Valadão aposta na ingenuidade do seu público. Faz questão de esquecer que o maiores custos na realização de qualquer DVD de um mega show são as despesas com os artistas, palco, iluminação, som, transporte e tudo o mais necessário para fazer o referido mega show acontecer.
Se a intenção de Valadão era usar o mega evento para produzir o tal DVD ao vivo,o que é muito justo, o melhor seria deixar isto claro em contrato, dando destinação às verbas recebidas, segundo o orçamento aprovado, cabendo à prefeitura de Natal concordar, ou não com o referido projeto. Não há impedimento algum para uma prefeitura, governo federal ou estadual patrocinar livros, DVDs, expressões artísticas e até corrida de tartaruga, seguindo os procedimentos da legislação de cada esfera do governo.
Contudo, ao que parece, a produção do Diante do Trono não fez prever esta possibilidade no contrato assinado com a parte. Resolveu fazer um "bem bolado", um tutú à mineira, etc. Isto dá margem ao MP, tribunal de contas, oposição legislativa do governo da cidade e seja lá mais quem for: fazer oposição, constranger, explorar o episódio com uma denúncia de uso indevido da verba pública. Foi o que ocorreu. O Ministério Público pediu à prefeitura esclarecimento sobre a destinação do dinheiro liberado.
Mais uma vez insisto: Esta mania de crente Gerson que quer levar vantagem em tudo, dominante entre os neopentecostais é um testemunho pavoroso.
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