A idolatria dos santos vivos da Igreja Evangélica está em toda parte. Até na Missão Integral!


Assoa o seu nariz remelento, você que é reformado ou progressista. Afinal, não é somente no quintal dos pentecostais e neopentecostais que se idolatra "santos vivos"... 

Na sua sala limpinha, no seu templo com carpete, ar-condicionado e decoração suntuosa, ou na sua comuna mais deslocada, a idolatria também está presente. Há tanta vaidade nestes lugares de adoração (a Deus?) que o Apóstolo Paulo ficaria incandescido de raiva!


Veja na imagem ilustrando este post. A novíssima Santíssima Trindade da MI, pelo menos, inclui Jesus...

Santos vivos e santos mortos, a idolatria é a mesma e, às vezes, as trapaças do destino colocam os dois (santos vivos e mortos) no altar para que toda gente veja os próprios corações. Em quase todas as tribos evangélicas, cada tambor toca num ritmo, mas a melodia é sempre a mesma: Antropocêntrica! Abissalmente idólatra.

Os amigos da imagem acima, certamente, não inspiram este tipo de heresia, tanto mais aprovam estes comportamentos idólatras. São servos. E, por isto mesmo, estou aqui expondo suas imagens e a situação esdrúxula na qual foram colocados contra a sua vontade. E não apenas porque o estagiário de diácono teve a brilhante ideia de recriar a sua própria versão da "trindade", a seu gosto e inspiração teológica, mas, e, principalmente, em função dos comentários estapafúrdios feitos por internautas na rede social em que a imagem foi postada. Portanto, se não há dolo, ao menos faltou zelo dos organizadores.

Há pouco mais de dois anos o mico idólatra foi entre os reformados. Por ocasião da visita de John Piper ao Brasil, no Congresso da Editora Fiel e na Universidade Presbiteriana Mackenzie , especialmente, testemunhamos atos de fanzocas que lembravam as meninas eletrizadas dos shows de Justin Bieber  mas, lamentavelmente, não se tratavam de novinhas com os hormônios fervendo, mas reverendos ministros do Evangelho e jovens cristãos. A cena era ridícula. Um histerismo descabido em busca de selfies, autógrafos, abraços  e até beijocas de Piper.  A crítica foi feita neste site à época e pode ser lida no link abaixo:


Os organizadores acusaram o golpe e concordaram que houve excesso. Tanto assim, que da última vez que o John Piper visitou o Mackenzie, medidas foram tomadas para evitar constrangimentos provocados pelas  fanzocas. Ainda assim, nos chat da transmissão ao vivo do evento, pastores e crentes firmes na Palavra teciam loas aos ensino de John Piper, como se estes fossem imensa novidade, talvez uma carta extraviada do Apóstolo Pedro, coisa assim. Mas não! Em geral mais do mesmo, já ouvido nos melhores púlpitos do Brasil, este país aonde até os teólogos e cantores cristãos sofrem com a síndrome da bunda suja, um complexo de inferioridade terceiro-mundista. Que coisa!

Em 2014, presenciei um evento com o Rev. Augustus Nicodemus, recentementeeleito à categoria de de mito e herói nas redes sociais (em prol do exercício do humor irônico de seus amigos, hehe) passar por constrangimento semelhante quando se formaram filas para selfies e profusão de tapinhas nas costas. Evidentemente, assim como os citados acima, Dr. Augustus não incentiva e nem se agrada deste tipo de tietagem. Ou seja, não são os pastores, alçados à posição de protagonistas em seu serviço os culpados desta deformidade. Em geral, são os fiéis. É coisa da natureza humana e, certas religiões, chegam até mesmo a incentivar. 

Até mesmo eu, que não sirvo para limpar as botas de qualquer um dos citados já vivi situação semelhante e num culto ministrado por um pastor famoso. Anunciada a minha presença nos avisos, tive que vivenciar constrangido o meu amigo que ministrou a Palavra naquela noite esperar para me abraçar, pois passavam de 30 os que fizeram fila para tirar fotos. 

O brasileiro é caloroso,  o que é bom, mas a contraparte são os excessos. Contudo, não é o caso aqui no exemplo destas imagens no post. O que assistimos é uma veneração -vamos poupar o termo idolatria- que se compara à mesma situação que os católicos criam com seus santos mortos. Está também em nosso corações. Não somos melhores do que os católicos, os ortodoxos e toda a comunhão cristã, espírita, hinduísta. O risco é sempre o mesmo. A tendência é esta mesma. Isto não é novidade. O Apóstolo Paulo acusou algumas vezes este "espírito" idolatra já na Igreja Primitiva. 

É importante nos mantermos alertas. Homens erram. Pregadores são homens. Logo, hoje ou adiante, um erro crasso será cometido: Um vento de doutrina, um falso ensino, um deslize ético ou moral. A veneração do pregador cega o prosélito e o leva ao erro. Quando não, cauteriza a sua mente  e o torna refratário à critica. Logo o pobre estará engolindo um camelo. Mais das vezes, se um irmão aponta o erro do seu pregador amado, a ovelha se recusa a admoestação e segue no erro. 

Fiquemos atentos à veneração. Vamos dar o protagonismo à Palavra de Deus revelada. Assim, aposenta-se o ego e a vaidade do pregador.

Voltemos à pregação expositiva da Escrituras!

Vamos aposentar o sectarismo. 

"Eu sou da apostólica, eu sou do Caminho, eu sou do sapatinho de fogo, eu sou da MI, eu sou da reforma... " 

Sejamos de Cristo! Há muita obra boa, mas só a Obra redentora de Jesus nos salva da morte. O Evangelho que salva é Um! O resto é firula; é vaidade humana. São outros projetos, outros sonhos. Sonhos de gente, não de Deus. Deus não sonha. Deus decretou: Ide e proclamai as boas novas, batizai e fazei discípulos. Fim de papo. 

E a propósito do slide na foto, mais um falso ensino, posto ser incompleto:Deus se colocou no madeiro para que nós tivéssemos vida eterna. Nos separou para Ele para que proclamássemos as Boas Novas e para as boas obras. Sem o Amor vertical, não há propósito e nem unção para o amor horizontal. Adoração, proclamação e ensino precedem toda a obra.


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